Trecho extraído e traduzido do livro “Your Own Jesus” (Seu Próprio Jesus em tradução livre) do ministro Mark Hall, líder do Casting Crowns
Quem é Jesus? Para muitas pessoas na Igreja ele é um pouco mais do que um culto de domingo. São apenas palavras num telão. Anotações numa conferência. Jesus é a emoção de um acampamento de verão, de um retiro espiritual, ou de um livro de devocional diário. Eu percebo isso o tempo todo em adultos e jovens.
Freqüentemente acreditamos que seguir regras é o mesmo que ter amizade com Deus. Mas quando escorregamos e caímos, Deus desaparece. Se Jesus não se torna uma pessoa confiável para nós – um amigo que permanece não importa o motivo – então o mais próximo que chegaremos de Deus é a religião vazia.
Religião é o Santo Graal – Um cálice com um buraco dentro. Ela nunca nos preenche. Nós precisamos ficar voltando atrás porque a religião fica no santuário. É por isso que achamos que estamos fazendo muita coisa quando estamos na Igreja e não nos sentimos tão bem quando estamos em outro lugar.
Quando somos pegos no ciclo do compromisso nós podemos nos tornar guiados pela culpa e tentar e tentar fazer o nosso melhor. Nós sentimos que devemos fazer algo, qualquer coisa, para pacificar um Deus irado, então às vezes substituímos o ritual pelo relacionamento. Nós estamos tentando religiosamente merecer o favor de Deus, sem perceber que Jesus já está ao nosso lado.
Se nos sentimos seguros na vida cristã apenas quando estamos na Igreja, então nos inscrevemos pro “Grande Grupo de Jesus”.
Grande Grupo de Jesus é como chamo o estranho fenômeno quando um bando de crentes se reúnem, e a música e a pregação estão em sintonia. Fica barulhento, a emoção fica mais intensa, e as pessoas cantam e respondem com mais paixão. Metade delas nem sabem por que estão fazendo isso, mas eles estão tendo uma experiência vicária através da autêntica adoração de outros. Para muitos, é apenas isso - uma experiência em volta deles – e eles estão vendo e sentindo os efeitos disso. Mas não está em seus corações.
Infelizmente, adoração em grupo é o mais próximo de Deus que eles já estiveram, então eles pensam: “Isso deve ser quem Deus é. Eu preciso ficar imerso nessas coisas. Se eu deixar o edifício, esses sentimentos irão desaparecer”. É isso o que acontece quando não temos o nosso próprio Jesus.
Isso me lembra de uma adolescente tentando descobrir o que o amor significa. Ela tem uma queda por uma pessoa, então decide que está “apaixonada”. A afeição dela é o sentimento mais intenso que ela já viveu na vida. Isso, somado com sua mente imatura, resulta em “Eu nunca senti algo tão forte sobre alguém antes. Isso deve ser amor”. O que ela não sabe é que existem outros, e mais profundos sentimentos e pensamentos que ela ainda vai viver.
Da mesma forma, os momentos no Grande Grupo de Jesus fazem com o que o bebê cristão corra em ciclos, porque a experiência na Igreja nunca vai para casa com ele. Quando ele sai pela porta e entra no mundo, ela desaparece. Ele não conhece a pessoa de Jesus – ele apenas conhece a experiência religiosa que esvai com o passar do tempo.
Há uma grande diferença entre o Grande Grupo de Jesus e uma real amizade com Deus. Eu sempre falo para as pessoas em nossas apresentações que os sentimentos legais que eles tem durante nosso tempo de adoração não vai durar até o estacionamento com eles. Até lá eles estão entrando no carro, estão tentando colocar o cinto nas crianças e pensando no trânsito enquanto milhões de outros pensamentos e preocupações afligem sua mente.
Dois quilômetros depois eles estão pensando o que aconteceu entre o altar e a porta.
E você? Seu próprio Jesus – e o de ninguém mais – deveria ir para casa com você quando a noite termina. Seu próprio Jesus deveria ter ido contigo em primeiro lugar. Se seu próprio Jesus não está com você, não vai demorar muito até que satanás convença você...
“Isso deve ser tudo que tem pra mim ao andar com Deus, e não está funcionando”