Por Liomar Júnior e Pâmela Léo
Eis o nosso grande desafio: “É preciso treinar os olhos”. O Dia dos Filhos se aproximava e nós só sabíamos clamar a Deus para nos deixar olhar com esses olhos. Olhos de filhos, olhos de filhos de Deus. Quanta responsabilidade, não?
Bem, o que fazer depois disso? Quando os nossos olhos se pareciam ainda que um pouquinho com os olhos de Deus, doía! Dói ver a dor, dói ver a miséria. Dói ver gente vivendo como criatura e não sentindo o Amor de Pai daquele que transforma as nossas vidas. E sabe o que tem feito a diferença? Menos choro e mais fé. Quando nos disponibilizamos a deixar o Espírito Santo falar o que fazer com essa dor, a misericórdia de Deus se manifesta e Ele age.
O céu estava diferente naquela semana, o céu estava resplandecente naquele dia! Os olhos daquelas pessoas saíram de lá diferentes, o abraço era de esperança. A manhã de sábado do dia 11 de agosto foi tempo de comunhão, amor, dependência.
Cerca de 50% das pessoas que esperávamos não estiveram presentes. Engraçado, quando descobri isso e dei rapidamente sinais de quem sentiria algo dando errado, fui corrigida e desafiada pelo Espírito Santo: “É preciso treinar os olhos”. Deus já tinha cuidado de tudo.
Os moradores e funcionários do albergue que participaram do Dia dos Filhos eram proprietários de corações em obra pelo Espírito Santo de Deus. A palavra do filho pródigo mudou de nome e passou a ser a palavra do Pai amoroso - Muitos moradores do albergue que me diziam na chegada não saber porque estavam ali, me disseram na saída: “Ainda bem que eu vim”.
Fiquei muito constrangida com o que Deus fez durante o culto, pois por mais que eu esperasse que seria incrível diante da fidelidade dEle, confesso que sempre me surpreende. Deus nos abençoou muito com todo apoio que tivemos pra essas pessoas sentirem que estavam verdadeiramente na casa do Pai. A Rede de Mulheres, da Terceira Idade, de Crianças, Adolescentes, Jovens... Em tudo teve alguma pessoa usada por Deus pra cuidar de sementes. Almoço, kit de presente aos moradores, café da manhã,
decoração, limpeza... Deus tem sido fiel e levantado verdadeiros revolucionários!
As funcionárias do albergue agradeciam tanto! Lembrei-me do versículo onde diz que criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. Incrível, nós fizemos somente a nossa obrigação de buscar deixar Deus fazer e foi algo tão diferente pra elas (durante o culto, emocionei-me muito quando percebi que secretamente uma delas se quebrantava com tanta intensidade).
É tempo do novo, do novo de Deus. Depois de toda festa, lanche, almoço, aqueles moradores voltaram para o albergue se sentindo como filhos e não há bem mais precioso que esse. Muitas vidas aceitaram a Jesus e com certeza todas foram atingidas pelo Amor de Deus.
E agora? É tempo não só de plantio, mas de cultivo.
Tamo Junto?
ComuniDaM: Dia dos Filhos
