Por Stela, Rainon, Arthur, Leandro, Laryssa, Raynara e Vinícius
Descrever em um relatório tudo que vivemos durante esse DaM na Estrada não será tarefa das mais fáceis pra ninguém. Nossa equipe tinha a missão de iniciar uma Base em Santo Amaro, seria a nossa primeira viagem mais longa e com uma equipe bem menor. Havia o medo de deixar o resto do grupo e de não cumprir com aquilo que planejamos. Mas acima do medo havia amor e vontade de
realizar uma grande revolução.
Quando chegamos a Santo Amaro Deus confirmou que não formaríamos uma base, mas o Senhor nos levou para aquela cidade para fortalecer a igreja local, para orar, levar novas formas de evangelismo, quebrar tabus a respeito do evangelho de Cristo e fazer a diferença.
Também fomos levados aquela cidade para sermos constrangidos pelo amor: Vimos uma igreja pequena, um pastor e sua família que lutam com todas as forças por aquela cidade, pela pregação e fortalecimento do evangelho, mas vimos principalmente AMOR.
Vimos pessoas que se esforçaram a todo tempo pra nos abençoar e ainda dá um nó na garganta de falar deles. Deus nos ensinou através das pequenas coisas, nos mostrou que quando ele está no controle as coisas podem acontecer, aprendemos a confiar inteiramente em Deus e ouvir a voz dele.
Aprendemos com o pastor Eric e a pastora Rose, a Bia e o Moisés o quanto o amor move ao ponto de sair da sua cidade Natal (Volta redonda) e ir a um lugar desconhecido simplesmente por amor, aprendemos sobre perseverança, sobre amizade, fé, mordomia cristã.
Ganhamos um novo intercessor e a recíproca é verdadeira: Vimos o pastor Eric sacrificar coisas que não podia como colocar a disposição do Diga ao Mundo o seu carro que estava batido, vimos a pastora mesmo com uma doença renal se dedicar nas tarefas do lar, lavar nossas roupas, cozinhar e estar ali com um coração de mãe.
Vimos irmãs como a Joana, Rita, Lena que abriram as portas de suas casas para nos receberem, intercederem e até mesmo saírem de suas casas só pra fazerem comidas típicas pra gente. O Rondinelli que nos ajudava nas ministrações nos cultos e cedeu integralmente sua aparelhagem de som pra ajudar nas Revoluções. Vimos o irmão Wagner, sua esposa Sandra e os seus filhos pequenos com uma alegria sem precedentes. Vimos esses irmãos e outros deixarem suas atividades do dia-a-dia pra nos servirem.
Também tivemos encontros inesperados com pessoas dos lugares onde visitamos que se colocaram à disposição até mesmo para falarem com os vereadores para conseguirem a liberação para as apresentações em algumas praças, pessoas que mesmo sem nos conhecer no convidaram pra ir até seus bairros.
Lembramos de Juliana a fisioterapeuta que nos ajudou no asilo por simples vontade de ajudar. Alan e Lourival que foram convidados a ir a igreja pelo pastor e desde nossa chegada iam a todos os cultos. Na nossa despedida nos convidaram pra jantar com eles, descobrimos que eles estavam na cidade há poucos dias, pois abriram um restaurante. O Alan era da Assembléia na sua cidade natal, mas como havia chegado há pouco tempo estava sem igreja e o Lourival disse que queria aceitar Jesus. Falamos pra eles que esperávamos voltar para formar uma base e ter eles ali fazendo parte.
No final da conta não sabemos se nós levamos a Revolução do Amor ou se simplesmente fomos impactados por ela, o certo é que todos nós ganhamos e quando percebemos que era hora de voltar queríamos ter feito mais por aquela cidade, pela nossa igreja na Bahia.
A gente saiu com a sensação de ter feito pouco devido as grandes coisas que ainda precisam ser feitas, mas de uma coisa temos a total convicção. Tudo que fizemos ali foi feito com muito amor.
Mais do que fotos, lembranças, comidas, culturas, trouxemos em nossas bagagens histórias que nunca poderão ser esquecidas, momentos que só foram permitidos pelo nosso Deus, dificuldades vencidas que nos trouxeram fortalecimentos e a certeza de que em breve voltaremos pra colher os frutos.
Histórias de revolução do amor
