Sonhe!

Por Luís Fernando (líder do DaM)

Nos últimos dias em que estive com o Bispo Junior em Portugal, em uma de nossas conversas, ele deixou algo bem claro, uma meta que eu teria que cumprir ao voltar: Fazer com que todos do Diga ao Mundo sonhassem alto! Segundo ele, este foi o segredo para o crescimento da Igreja de Portugal numa região em que, aos nossos olhos, seria impossível uma Igreja nascer e se multiplicar.

E por falar em sonhos é bem difícil não se lembrar de José e igualmente difícil se empolgar em ler mais um texto sobre a sua história em meio a tantos que já lemos e ouvimos nos cultos. Mesmo assim, quero te pedir uma oportunidade para mostrar um lado da história de José que, até alguns dias atrás, eu nunca tinha notado.

Você já reparou como era o ambiente em que José gerou os sonhos de Deus?

Ele era o filho favorito Jacó (Gn 37:3) que por sua vez não tinha ressalvas em elogiá-lo e presenteá-lo na frente dos irmãos gerando uma inveja tão grande que eles não conseguiam sequer conviver no mesmo ambiente sem começar a discutir (Gn 37:4). Num lar como esse, o natural era que José fosse estéril de sonhos, mas não foi isso que aconteceu.

A reação dos irmãos e do pai ao ouvir sobre o sonho

Se os seus irmãos não acreditassem no sonho de José eles simplesmente ignorariam ou então zombariam. No entanto, o sentimento que estava em seus corações era de inveja – eles acreditaram, mas não aceitaram! Já o pai, escolheu guardar no coração este sonho porque ele sabia do potencial de seu filho.

Eles se curvariam diante de José, mas antes José precisava se curvar

Embora nos sonhos fosse a família que se curvasse diante de José, a sua realidade era outra. Ainda que num difícil relacionamento com os irmãos, José cuidava deles e os servia obedecendo aos direcionamentos de Jacó. Sua resposta era: eis-me aqui (Gn 37:13).

O transtorno do pai ao descobrir a “morte” dos sonhos (Gn 37:19-20, 34 e 35)

Ao saber da “morte” de José , Jacó fica transtornado. Um pai jamais quer ver os sonhos do filho morrer. Não há prazer algum quando os sonhos morrem no espiritual antes de chegarem ao natural.

Depois de entender estes fatos, os sonhos de José para mim entraram numa nova dimensão. José deixou de ser somente o “sonhador-mor” para ser o cara que tinha todos os motivos do mundo para não sonhar, mas decidiu sonhar.

E ainda: ele manteve a inocência! Os seus sonhos eram loucos e totalmente fora de sua realidade. Mesmo assim ele era inocente ao ponto de compartilhá-los com os irmãos e a família. Certamente não havia coisa alguma nesta terra que pudesse matar seus sonhos.

Acredito que para 2011 este deve ser nosso objetivo (ou pelo menos um deles): SONHAR! Sonhar com portas abertas ainda que elas estejam fechadas, sonhar ainda que nosso ambiente seja caótico, sonhar com a fertilidade ainda que as circunstâncias nos levem a crer na esterilidade.

Sonhe!